domingo, 3 de janeiro de 2016

O Sucessor

O Sucessor
(Dt. 34; Js 1:1-11)
...  ninguém faz essas coisas se Deus não for com ele




Moisés foi o grande líder de Israel. Ele foi  conselheiro, general, juiz, profeta, intercessor e o representante direto de Deus entre os israelitas. Nunca houve um líder como Moisés que falava com Deus face a face e dele recebeu as palavras que formaram os cinco primeiros livros da Bíblia que contam a história  da criação do mundo, da promessa de conquista de uma terra e de uma aliança entre Deus e  seu povo escolhido.

Quando saíram do Egito,  todos os israelitas uniram-se sob a liderança de Moisés com o mesmo objetivo: a libertação de mais de quatrocentos anos de escravidão no Egito. Mas nos tempos de deserto, o povo dividiu-se e se levantou contra a liderança de Moisés e Aarão e até contra a liderança de Deus.

 Embora Deus providenciasse todo o sustento (pão, água, vestes e proteção) do seu povo no deserto, por causa da fome, da sede e do estresse de um povo numeroso e teimoso convivendo junto em terra hostil, houve muitas murmurações, atos de rebeldia, tensões e rebeliões que provocaram a ira de Deus e o levaram a  lançar severos castigos sobre o seu povo.

No deserto, predominou um ciclo repetitivo de murmurações, providência divina, rebeliões, castigos, de intercessões e misericórdia de Deus para com o seu povo. 

Depois de dois acontecimentos no deserto, porém, toda uma geração de israelitas, Moisés e Aarão  foram impedidos de entrar na terra prometida: a rebelião do povo após receber o relatório dos homens que foram espiar a terra prometida (Nm 14) e a desobediência de Moisés e Aarão na história das águas de Meribá (Nm 20:1-13).

Doze homens das tribos de Israel  foram enviados à terra prometida para espiarem-na por quarenta dias. Eles trouxeram boas e más notícias.

Josué e Calebe deram mais ênfase às boas notícias e encorajaram o povo a conquistar a terra, apesar das dificuldades que enfrentariam. Mas dez espias deram ênfase às más notícias e desencorajaram o povo a seguir em frente. 

O povo deu mais atenção ao relatório negativo dos dez espias e foi tomado pelos sentimentos de medo e de desânimo. Em seguida, começaram as lamúrias que expressavam não só o desejo de voltar ao Egito, como das outras vezes, mas também de morrer na terra onde outrora foram escravos.

 Em meio à choradeira do povo e ao tumulto provocado pelo relatório negativo dos dez espias, a glória de Deus se manifestou no arraial e o Senhor castigou o povo e os dez espias. 

Em seguida, o Senhor prometeu que para cada dia dos quarenta dias que os lideres espiaram a terra prometida seria um ano a mais no deserto e que nenhum israelita daquela comunidade rebelde que saiu do Egito, exceto Calebe e Josué, entrariam na terra prometida. 

E assim, durante quarenta anos, aquela geração de israelitas deu voltas e mais voltas no deserto até que caísse o último cadáver daqueles que desistiram de conquistar a terra prometida.

Moisés e Aarão, após suportarem por tanto tempo as murmurações  e rebeliões do povo e por eles intercederem a misericórdia de Deus, acabaram também desobedecendo a Deus e  foram barrados  na terra prometida. Eles receberam tal punição porque quando o povo reclamava da falta de água, Deus ordenou que eles falassem a uma rocha e dela sairia água. Mas Moisés disse horrores ao povo e bateu com a vara na rocha que jorrou água em abundância. Os israelitas saciaram a sede, mas Aarão e Moisés perderam a bênção.

Aarão morreu no Monte Hor, onde Moisés o despiu de suas roupas e com elas vestiu Eleazar, o filho de Aarão e seu sucessor no sumo-sacerdócio (Nm 20:22-29). 

Depois de algum tempo da morte de Aarão, já velho, mas com todo o vigor, Moisés faleceu. Antes disso, porém, Deus permitiu-lhe ver do Monte Nebo, nas Campinas de Moabe, a terra prometida. Lá ele morreu, o próprio Deus o sepultou e ninguém jamais encontrou o corpo de Moisés.

Moisés viveu pela fé e morreu sem receber o que tinha sido prometido. Como Abraão, ele morreu peregrino no deserto, esperando uma pátria melhor, a pátria celestial preparada por Deus (Hb 11:13-16). E essa certamente ele alcançou.

Daqueles que saíram do Egito, somente Calebe e Josué entraram na terra prometida. 

Josué, ao contrário de seu povo que preferia estar distante de Deus, nunca se apartou do meio da tenda onde estava a presença do Senhor (Êxodo 33:11). 

Deus honrou a fidelidade de Josué e o escolheu para ser o sucessor de Moisés na missão de levar o seu povo à terra prometida.

Quando Moisés morreu, Josué assumiu o comando de Israel com a bênção do Senhor e com a aprovação do povo que o reconheceu como líder.

Deus animou Josué a dar início a sua missão de atravessar o Jordão com Calebe e com a nova geração de israelitas e tomar posse da terra da qual eram herdeiros segundo a promessa de Deus a Abraão, a Isaque e a Jacó.

O Senhor fortaleceu Josué dizendo-lhe que seria sempre com ele e que jamais o abandonaria. 

O Espírito, a sabedoria e as palavras do Senhor “ Seja forte e corajoso, não tenha medo e nem desanime porque eu sou contigo por onde quer que andares” entraram na alma de Josué e este, com a força e a coragem do Senhor, deu sua primeira ordem ao povo: preparem-se para atravessar o Jordão e  conquistar a terra prometida. 

Assim o Senhor abençoou Josué em todas as missões de conquista da nova terra, jamais o deixou e jamais o desamparou.


REFLEXÃO

FELIZ ANO NOVO!


  • Ânimo, Coragem e Perseverança. O que as Palavras de Deus a Josué dizem a você ao começar um novo ano?
  • Em que elas influenciam seus planos?
  • Você crê que Deus estará sempre com você, não o desamparará e nem o abandonará?
  • O que você acha que terá que fazer para ter o Senhor sempre ao seu lado?



Atividades

1. Na sua opinião, por que Moisés e Aarão continuaram liderando os israelitas mesmo ficando barrados na terra prometida?




2. O que as palavras de encorajamento do Senhor a Josué falam para nós nos dias de hoje?





3. Aponte qualidades de Moisés, Aarão, Josué e Calebe que o caracterizam como homens de Deus.




4. Se assumisse a liderança de uma nação murmuradora e rebelde como Israel, que decisões você tomaria para evitar reclamações e rebeliões contra a sua liderança?