A Linhagem de Noé e a
Dispersão dos Povos
...Para que o mundo fosse salvo por Ele
Gênesis 10, 11
Depois do
dilúvio, a família de Noé começou a repovoação do mundo e dos
três filhos de Noé, Sem, Cam e Jafé, vieram as nações que
seriam alcançadas pelo plano de salvação de Deus. Os descendentes
de Sem representaram os semitas, isto é, o povo eleito por Deus para
abençoar todas as famílias de terra, conforme foi anunciado na
bênção de Noé (Gn 9:26) e na promessa a Abraão (Gn
12:3).
Os
descendentes de Cam representaram os povos que ocuparam a terra de
Canaã e que optaram viver longe da influência de Deus, escolhendo
permanecer debaixo da maldição de Noé lançada a Cam
quando este o viu nu (Gn 9:25).
Os
descendentes de Jafé, sendo povos marítimos, ampliaram seus
territórios e, futuramente, compartilhariam a bênção da salvação
herdada pelos descendentes de Sem, conforme a bênção
de Noé (Gn 9:27).
O plano
de salvação de Deus alcançaria, portanto, os israelitas
(descendentes de Sem) e depois os gentios (descendentes de Jafé). Os
filhos de Cam, não pela maldição de Noé, mas pela opção de
permanecerem rebeldes contra o Senhor, não quiseram compromisso com Deus. Longe de Deus, povoaram a terra de Canaã. Mas
por sua rebeldia, idolatria e prostituição, os descendentes de Cam
foram expulsos de Canaã pela nação descendente de Sem e eleita do
Senhor.
A partir
dos filhos de Noé, as nações se dispersaram pelo mundo e falavam
todas a mesma língua. E partindo os homens do oriente, fixaram-se na
planície de Sinear. Lá, eles colocaram em seus corações edificar
um torre que tocasse o céu com os objetivos de tornarem-se famosos e
de não serem espalhados sobre a face da terra.
Quando o
Senhor viu a torre que os homens edificavam, entendeu que a vaidade
entrara de novo no coração dos homens a ponto de quererem tocar o
céu, isto é, chegarem até Deus para demonstrar poderio. Como o
povo era um só, falava a mesma língua e já tinham essas ideias,
concluiu Deus que tão-logo se levantariam contra o poder de Deus,
pois ninguém poderia impedir-lhes de fazer o que intentassem. Para
que não se formasse um reino unificado fora do domínio de Deus, o
Senhor confundiu as línguas e, como os povos não mais se entendiam,
sem comunicação, não conseguiram avançar nas obras da torre. Por
isso, chamou-se o nome daquele lugar Babel, que significa confusão.
A construção da Torre de Babel cessou e os povos foram espalhados
sobre a terra.
Nos
tempos da construção da Torre de Babel, Ninrode, descendente de Cam
era o poderoso da terra e Babel foi o princípio do seu império
junto com outras cidades de Sinear. Depois ele expandiu o seu império
para a Assíria (Gn 10:8-11). Ninrode tinha o caráter altivo e já
tinha a índole rebelde da linhagem de Cam, por isso, acredita-se que
ele tenha sido o mentor da construção da Torre de Babel. A intenção
por trás da construção era, dessa forma, estabelecer um domínio
unificado sobre a terra e em oposição a Deus. Isso pode ser
confirmado pelo fato de que Babel foi o começo da futura Babilônia
que, de acordo com os textos bíblicos e a história, foi um império
poderoso no mundo que levou o povo de Deus ao cativeiro e destruiu
Jerusalém, cidade-símbolo da reino de Deus aqui na terra.
A Torre
de Babel foi, portanto, uma ameaça perigosa ao plano de salvação
de Deus porque se ela fosse concluída, formar-se-ia um império
unificado na terra submisso a Ninrode e não a Deus. Dessa forma,
como Cam, as nações submissas se rebelariam contra Deus e perderiam
a bênção de serem salvas, segundo o plano de salvação de Deus.
Para não anular sua promessa, Deus confundiu as línguas e espalhou
as nações para que, um dia, só em Cristo, elas voltassem a ser uma
e dele recebessem a salvação eterna, que é a bênção de Deus
prometida a todas os povos que nele cressem.
Qual foi o problema da torre de Babel?
Com os homens sendo um só, eles podem fazer o que quiserem e nada lhes será impedido, segundo Deus disse. Por que? Por que essa unidade seria útil também para a igreja?
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