A Lei, a Antiga Aliança
... para que o mundo fosse salvo por ele
(Êx 19:9-25; Êxodo 20:1-23; Ex. 24:1-8; Ex 34:29-35)
No tempo em que os hebreus
peregrinavam pelo deserto do Sinai rumo à terra prometida, Deus apresentava-se
e falava ao seu povo através de Moisés e sempre à distância. Isso porque, sendo
Deus a expressão máxima da santidade e da perfeição, estar diante dele como
Moisés esteve, até face a face (Ex.33:11), requeria alta
santidade e um conhecimento profundo de Deus.
Os israelitas, porém,
depois de muitos anos de escravidão no Egito, estavam bem distantes do Deus de
seus antepassados Abraão, Isaque e Jacó. O Israel que saiu do Egito era povo
obstinado, murmurador e pouco conhecia o Senhor.
Uma vez que o povo de Israel era incapaz de seguir
tão alto padrão de santidade, Deus estabeleceu a Lei, um padrão mínimo de
perfeição, representando a primeira
aliança entre Deus e o seu povo.
A lei
representou desse modo a primeira tentativa de reaproximação entre Deus e o
homem. Com a lei, o Senhor devolveu ao
homem a consciência dos limites entre o bem e o mal bem como uma referência
básica de sua santidade. A lei, porém, nem sempre despertou no homem o amor a
Deus e o verdadeiro conhecimento dele, mas foi entendida pelos homens como um
instrumento de submissão, de condenação à morte para os desobedientes e até de
poder para aqueles que bem a conheciam.
Antes
de encontrar-se com o seu povo para proclamar os Dez Mandamentos, para que o
povo não fosse consumido pela presença divina, o Senhor ordenou a Moisés que
preparasse o povo.
Para
isso, Deus disse a Moisés para santificar o povo e ordenar-lhe que lavasse suas
roupas para o encontro com o Senhor. Deus também determinou que Moisés marcasse
limites próximos ao Monte Sinai para que o povo não tocasse no monte onde sua
glória se manifestaria. Aquele, pois, que tocasse o monte, fosse homem ou
animal, certamente morreria.
Além
de ordenar que o povo se apresentasse com as roupas limpas diante de Deus,
Moisés orientou que os homens não mantivessem relações sexuais naqueles dias
antes do encontro com Deus.
No
terceiro dia, relâmpagos, trovões e espessas nuvens cobriram o Monte Sinai. Um
estrondoso som de buzina fez o povo sentir pavor. Dentro dos limites
estabelecidos, Moisés levou o povo ao pé do monte para encontrar-se com Deus. O
monte Sinai fumegava e estremecia tremendamente, pois o Senhor descera sobre
ele em fogo e glória.
Ao
ser chamado por Deus, Moisés subiu o Monte Sinai. Mais uma vez, Deus disse a
ele para alertar o povo para não se aproximar do Monte. Quando desceu do monte,
Moisés insistiu para que o povo se mantivesse dentro dos limites especificados
para que não fosse consumido. Depois disso, em alta voz, dos altos céus, Deus
proclamou os Dez Mandamentos, a lei da aliança entre Ele e o seu povo:
I
– Não terás outros deuses além de mim
II
– Não farás imagens de idolatria
III
– Não tomarás o nome do Senhor teu Deus
em vão
IV
– Lembra-te do dia do sábado para o
santificar
V
– Honra o teu e a tua mãe para ter vida
longa
VI
– Não matarás
VII
– Não adulterarás
VIII
– Não furtarás
IX
– Não dirás falso testemunho contra o teu próximo
X
– Não cobiçarás coisa alguma do teu próximo
O
povo, ao ver os trovões e os relâmpagos no monte, temeu e tremeu. Incompatíveis
ainda com a santidade de Deus, o povo pediu a Moisés que falasse com eles e não
Deus, pois temiam ser consumidos pela
glória do Senhor perfeita em santidade.
Os
filhos de Israel optaram por permanecerem à distância de Deus, mas o Senhor
convidou Moisés, Aarão, os filhos de Aarão, Nadabe e Abiu, e setenta
autoridades para subirem o Monte Sinai. Mas somente Moisés teve o privilégio de
aproximar-se diretamente de Deus.
Em seguida,
Moisés dirigiu-se ao povo para transmitir-lhes as palavras e ordenanças
do Senhor. Eles responderam que fariam tudo o que o Senhor ordenara. Moisés
escreveu então tudo o que o Senhor lhes dissera.
Durante os sacrifícios de confirmação da aliança
entre Deus e seu povo, Moisés colocou metade do sangue dos sacrifícios em
tigelas e outra metade em um altar erguido para o Senhor. Logo em seguida,
Moisés leu o Livro da Aliança e eles disseram que seguiriam fielmente as
ordenanças do Senhor. Moisés então firmou aliança entre Deus e seu povo
aspergindo sangue sobre o povo e dizendo: “Este é o sangue da aliança que o
Senhor fez com vocês!”.
No alto do Monte Sinai, Moisés esteve diretamente com o Senhor durante quarenta dias e quarenta noites. Lá Deus escreveu em pedras as suas palavras reunidas nos Dez Mandamentos.
No alto do Monte Sinai, Moisés esteve diretamente com o Senhor durante quarenta dias e quarenta noites. Lá Deus escreveu em pedras as suas palavras reunidas nos Dez Mandamentos.
Porém, ao descer do Monte Sinai com as tábuas da lei
da aliança para reencontrar o povo, Moisés viu os israelitas despidos celebrando
um bezerro de ouro. Furioso, Moisés quebrou as tábuas da aliança, já que o povo
violara o primeiro mandamento da lei: não terás outros deuses diante de mim.
Depois que os idólatras foram punidos e a paz foi
restabelecida, Deus renovou a aliança com o seu povo. Moisés esteve de novo com
o Senhor quarenta dias e quarenta noites no Monte Sinai em jejum. E descendo
Moisés do Monte Sinai com as novas tábuas da aliança, os Dez Mandamentos, o
povo viu a glória de Deus brilhando intensamente no rosto de Moisés.
Arão e o povo, ao olharem para Moisés, temeram
aproximar-se. Mas Moisés os chamou e falou-lhes tudo o que Deus lhe ordenara no
Monte Sinai. Depois disso, Moisés pôs um véu sobre o seu rosto e o tirava
sempre que falava com Deus. Mas, ao falar com o povo, Moisés tornava a pôr o
véu.
Da
lei à graça, o propósito de Deus foi reaproximar-se dos homens e exortá-los a
amá-lo e a amarem-se uns aos outros. Mas os limites do Sinai e o véu foram
mantidos no rosto de Moisés, no tabernáculo e no templo pelos israelitas e
pelos que, negando a graça, até hoje permanecem debaixo da lei.
Com
a morte de Jesus, o véu do templo
rasgou-se de alto a baixo como sinal de que não haveria mais separação entre
Deus e o seu povo. Essa nova aliança, não da lei, mas da graça, que se estende
a todos os homens, pelo sangue de Jesus absolve todo homem da condenação do
pecado por meio da fé manifesta no arrependimento e no retorno a Deus. Até
hoje, porém, o véu persiste no coração das pessoas que permanecem debaixo da
lei e só será tirado quando verdadeiramente se converterem a Deus (II Cor
3:15).
Atividades
1. Deus estabeleceu
limites para os Israelitas aproximarem-se dele e os véus de Moisés, do
tabernáculo e do templo os separaram da glória de Deus. Com a vinda de Jesus os
limites e os véus perderam o sentido. Como antes esses limites foram mantidos e
hoje são recriados?
2. “Sem derramamento
de sangue, não há remissão de pecados” (Hb 9:7). Qual o significado do
derramamento de sangue no Éden e na
primeira e na segunda aliança de Deus com o seu povo?
3. Para você qual
o significado de uma aliança com Deus?
4. Quais as diferenças entre antiga aliança mediada por Moisés e a nova aliança
mediada por Jesus?
Reflexões
Aliança requer
fidelidade!
Sua Fidelidade
resistiria à perseguição?
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